segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

NO CALAR DA AURORA.

A TRISTEZA SE ABATE NUM FRÁGIL CORAÇÃO
QUE ESPERNEIA , CHORA E FOGE ,À ESPERA DA RESOLUÇÃO
TOLO CORAÇÃO , INFELIZ , QUE NADA SABE QUE O  AMOR NÃO É ACEITAÇÃO ,
MAS SOFRIMENTO.
QUEM DERA SE TUDO FOSSE MINIMAMENTE DIFERENTE .
SE O AMOR NÃO TIVESSE LHE SURGIDO, DADO E TIRADO.
SEDENTO POR CARINHO LOGO ACEITOU , MAL SABIA ELE QUE POR AMOR E AMOR OUTROS MAIS INGÊNUOS SOFRERAM , CALARAM, ACEITARAM E CHORARAM E MAIS UMA VEZ POR FIM , À AURORA SE DEITARAM.
À ESPERA  DE UM NOVO DIA ;
PARA MAIS UMA VEZ TUDO SUPORTAR E ...
SE CALAR.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A passagem da chuva.

Não que respirar o orvalho e a  terra molhada pela chuva sejam meu destemor.
O que temo não são as fugas dos pássaros ou o pelo molhado dos cães.
O medo não resume-se tão somente na chuva em si , mas em sua fugaz passagem.
Paulatinamente , surgem os primeiros botões anunciando nova estação.
Descompassadamente, o coração pesa .
A triste figura do sol reaparece
E com a chuva se vai também a alegria.


POR JÚLIA VALVERDE.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Quando olhar para o sol.

Um dia qualquer
Sem chuva nem sol
Sem estrelas nem grãos
Sem umidade sem rachaduras
Talvez se torne especial se olhar para o sol;
Mas o sol é tão distante
Não sei o que fazer
Olho ao horizonte 
Procurando um caminho
Sem encontrar
Enfim , um dia qualquer
Sem dor ou temor;
Sem esperanças 
Sem nuvens
Sem sol.

sábado, 2 de agosto de 2014

LIRA V.

Acaso são estes 
Os sítios formosos. 
Aonde passava
 Os anos gostosos?
 São estes os prados,
 Aonde brincava,
 Enquanto pastava
 O gordo rebanho
 Que Alceu me deixou?  
    São estes os sítios? 
     São estes; mas eu
      O mesmo não sou.
      Marília, tu chamas?   
   Espera, que eu vou.


TOMÁS ANTONIO GONZAGA.

  POR JÚLIA VALVERDE.



 Particularmente , é minha favorita.

domingo, 6 de julho de 2014


"Heróis nem sempre são os que vencem.

 Algumas vezes, são os que perdem.
 Mas eles continuam lutando, continuam voltando.
 Não desistem. 
É isso que faz deles heróis."-CLARY FRAY


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Entre a sombra de duas janelas

  Vejo borboletas através da janela de vidro , e tento acompanhar seus movimentos ágeis , mas elas são rápidas demais e o meu cérebro já não consegue captar as imagens com a mesma velocidade. Tento me imaginar como uma mariposa livre e... Então sou consumida pela escuridão , só sinto como se algo estivesse sugando todos os meus cernes e âmagos. A morte é tão fugaz quanto eu imaginava. 
 Acordo em meio a floreios e flashes de luz branca ultrapassando minhas pálpebras. Encontro-me em meio  a um lugar 'desconhecido , pálido e sem vida . Não sei o porquê , mas isso me lembra minhas ações e minha alma , sempre neutras e imparciais , deixando-me fora de qualquer julgamento. Apesar do desconhecimento inicial , vejo depois que esse lugar na verdade é meu ..Lar! Corro em direção  a porta da frente , e ao tentar pegar a maçaneta , minha mão a ultrapassa e não consigo abrir a porta para reaver tudo que perdi , tudo o que me tomaram . E agora aqui estou , um espírito  , num lugar onde a logística errada da Terra me trouxera . Minha garganta se fecha, como se fosse chorar . Espíritos choram ? Aparentemente não. A lágrima que eu esperava não desceu . Esta, que seria o símbolo do meu arrependimento não veio. A decisão que tomei , não pode ser tomada novamente, isso por que as pessoas que tinham que ser beneficiadas já foram e as que foram prejudicadas também. Por uma súbita e inesperada oportunidade que me apareceu e pela inexperiência de uma mente jovem e insana. É visível que não há mais o meio termo , apenas o certo ou o errado . Amor ou ódio, paz ou guerra. Só que a minha escolha me trouxe até  a neutralidade , me trouxe até a ...Sombra.

 CONTINUA...


POR JÚLIA VALVERDE

4 de julho.

Muitos talvez saibam que hoje é 4 de julho , o dia da independência dos Estados Unidos e muitos outros talvez estejam pensando : "E daí ?" , bem as cartas que levaram aos EUA à independência em sua maioria foram redigidas por Thomas Jefferson .Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos Estados Unidos. Ele foi o autor principal da Declaração de Independência dos Estados Unidos. Sua profissão era advogado. Seu mandato como presidente foi de 4 de março de 1801 a 4 de março de 1809. O que as pessoas diversas vezes deixam de pensar é que uma pessoa que realizou o principal ofício que levou a liberdade americana contra os ingleses deveria ser letrado , retórico , enfim conhecedor das artes do bem falar e pensar , portanto aqui estarão algumas das frases do libertador norte-americano , ele não trabalhou sozinho , evidente, entretanto , darei maior enfâse a ele.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração."
"Cuidar da vida humana e da felicidade, e não de sua destruição, é o primeiro e único objetivo do bom governo."
"Vivemos mais dos sonhos do futuro do que dos planos do passado."

As pessoas costumam dizer que são apenas palavras de teor político para pretensões subliminares , no entanto, para fazer diversas reflexões filosóficas , são necessárias experiências , bem como ciência das chagas do povo, bem como saná-las.
"Aquele que recebe de mim uma idéia tem aumentada a sua instrução sem que eu tenha diminuído a minha. Como aquele que acende sua vela na minha recebe luz sem apagar a minha vela. Que as idéias passem livremente de uns aos outros no planeta, para a instrução moral e mútua dos homens e a melhoria de sua condição, parece ter sido algo peculiar e benevolentemente desenhado pela natureza ao criá-las, como o fogo, expansível no espaço, sem diminuir sua densidade em nenhum ponto."

POR JÚLIA VALVERDE.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A carta do imperador .

Caríssimo, 
    de acordo com o combinado , após vossa devoção e grande auxílio durante o Grande conflito contra os Leichs , cede-lho conforme o prometido minha adorada e formosa princesa , Isabel , minha única e inestimável diamante. O senhor mostrou-se interessado em desposá -la sob minhas imposições e elas já foram minuciosamente cumpridas e como homem de palavra , eu o imperador Dom Pedro II de Alcântara, João, Carlos, Leopoldo, Salvador, Bibiano, Francisco, Xavier de Paula, Leocádio, Miguel, Gabriel, Rafael, Gonzaga, de Habsburg e Bragança lhe dou minha autorização e benção para tomar como esposa  a princesa Isabel Cristina Leopoldina de Bragança ,
encarecidamente 
Seu amigo.

Teve que ler a carta cerca de cinco vezes para compreender seu conteúdo , sim queria se casar com Isabel , mas isso fora há sete anos e com certeza já tornara a se enamorar , não poderia desacatar ao pedido do Imperador , que na verdade era mais uma mandato que um pedido amigável . Decidiu-se por  reviver os acontecimentos . Chegara a capital como um jovem inglês herdeiro de terras, ingênuo , prometeu dá-lhe até a própria vida pelo mero vislumbre de um dia casar-se com a doce Isabel . Cresceu  , amadureceu  e por fim conheceu o ser mais lindo , dócil , gentil , encantador , sem nenhum título real , mas a nobreza predominava exclusivamente em seu coração , distribuía cobertores no inverno , vestia os nus e alimentava os famintos , encontrara a pessoa por quem sempre esteve procurando e se esqueceu da tola promessa de criança que havia feito . Não abriria mão de sua felicidade , o casamento seria realizado dentre quatro semanas pelo frei da região .De imediato uma ideia lhe surgiu, fugiria. 
E assim o fez .
Casou-se na capital londrina , na catedral Metropolitana. Foi o dia mais feliz de sua vida. 
Meses depois , sua caricatura estava espalhada por toda Europa , o sentimento de pavor o dominou , chegariam para pegá-lo , era uma presa fácil.
Numa manhã primaveril , saiu para comprar charutos, e nunca mais voltou .  


POR JÚLIA VALVERDE.

O desenho errôneo.

Pensar em cada linha , curvilínea , inclinação ,diâmetro, circunferência  é algo desnecessário. Feche os olhos e deixe cada movimento sair voluntariamente , as coisas artificiais são transitórias ,apenas aquilo que não se espera chega verdadeiramente.
POR JÚLIA VALVERDE.

Amor clandestino.

Ao alcançar preâmbulos jamais narrados anteriormente , negligenciando a vida  e priorizando  a paixão , vivendo de âmagos , percebeu o quão injusto estava sendo ao desdenhar a própria existência e viver no corpo de outra pessoa , vivendo com os sentimentos que não eram seus ,notou então o quão o tolo estava sendo em apenas cogitar o abandono de sentimentos clandestinos , não se importou em ser feliz através da infelicidade de outros , o que vivia lhe pertencia e o viveria intensamente até não ter mais nada. 
POR JÚLIA VALVERDE.

Por que sonhar ?


Através da janela observando as cores fulgurosas e insondáveis  dos pássaros e borboletas , não reconhecendo nenhuma espécie , decidiu por fim adormecer enquanto ainda tinha alguma imagem bonita na cabeça e preferiu por apagar  as coisas ruins que já havia visto . Lembranças ruins, o tempo se encarrega de apagá-las da sua mente e só retornam quando invocadas .
POR JÚLIA VALVERDE .
Pessoal ,
 preciso de sugestões para prosseguir com o seguimento dos contos. Porquanto usarei como linha de  raciocínio a incapacidade de sonhar e amar .

O conto dos contos II

De que são feitos seus sonhos pobre menino? Indagou aquele nobre idoso para o menino maltrapilho.Era noite de inverno e o frio entrava por todas as frestas das janelas.E o menino quase adormecido pela fraqueza do corpo faminto e pelo peso que a noite traz.Disse quase murmurando: meus sonhos são construídos com pedaços de outros sonhos que quase perdi.
POR LIA NORONHA.

O contos dos contos

Como já havia dito , farei alguns contos e espero que você apreciem , é feito com muito ardor.


                                                Nada dura para sempre 

      Ao retornar para casa num fim de tarde qualquer após uma exaustiva jornada de trabalho , ônibus após ônibus , negação após negação , perguntou-se se teria mais uma noite turbulenta e sem nenhum sono devido as brigas incessantes de seus pais. Pensou que seu pai talvez pudesse ter morrido num acidente  e então não haveria mais nada. Sua mãe pararia de chorar e sofrer , e ele poderia voltar a escola , era o que mais ansiava . Demorou um pouco para que se condenasse por esse pensamento ,mórbido e horrível . Certamente irei para o inferno, pensou ele. Isso já lhe renderia umas boas 50 ave-marias do vigário  da igreja. Mas nenhuma oração  o livrava  do impulso selvagem que brotava em suas veias todas vez que o via chegar embriagado , falando vulgaridades e palavras de teor sexual para a mulher, o impulso dizia para socá-lo até perder a consciência . Entretanto a parte sensata o continha. 
Sua família era feliz , ponderava ele , faziam piqueniques , andavam de bicicleta , arrumavam a mesa para o jantar . Faziam tudo juntos. Só que um dia , seu pai chegou  com um semblante diferente , sua aura havia mudado . E a partir daí  , nada foi o  mesmo. Todos  os dias independentemente de dias comerciais , feriados , natal , ano-novo , seu pai chegava em casa bêbado e furioso.Batia estuprava a mãe , esta o trancava no quarto para também não ser alvo da brutalidade inexplicável do homem que não era mais seu pai. Era um monstro. Um pai amoroso não espanca  sua dedicada esposa e não fere os sentimentos da esposa. Desde essa mudança , Paulo não ia a escola particular que frequentava graças a uma prova de admissão que havia feito. Agora era escravo do monstro , e fazia suas vontades sob a ameaça de chegar em casa e ver a mãe morta. Isso o fazia estremecer de raiva.Tinha que conter as lágrimas e soluços que as vezes lhe vinham quando pensava na pobre mulher que o protegia todas as noites. Cogitava acionar a polícia , mas seu pai tinha amigos influentes, inverteriam a história e ele e sua mãe poderiam apanhar de tal forma que teriam que andar de muletas .
Seu turno começava as 06:00 e terminava as 22:00. Vendendo balas e salgadinhos , conseguia a renda que impedia a morte de sua mãe . Era estabelecido uma "meta" .R$ 50,00 reais por dia e caso ousasse voltar para casa sem o dinheiro levava chutes e socos e consequentemente sua mãe que intervinha .Estava com 12 anos , a última vez que tivera uma cueca nova fora há três anos . A sola de seu único tênis estava desgastada , suas roupas puídas e sua crença de que um dia aquilo acabaria eram nulas . Como poderia ter uma vida melhor se não frequentava uma escola? Não tinha mais amigos .Ninguém queria ser visto perto do "camelô" .Já fazia muito que não ligava para isso . A esperança tinha lhe escapado assim como o elástico que segurava seus longos cabelos . A liberdade , essa palavra era desconhecida por ele, a felicidade era um lago intransponível , tudo isso fora substituído por paradoxos entre a amargura e tristeza .Não era um menino feliz via-se isso em seu olhar melancólicos e em seus ombros curvados e rosto sofrido. Ele lutava para sair do buraco que se tornara sua vida todavia, não conseguia , era um garoto inteligente , bom em idiomas , teria futuro , se não fosse a nuvem negra que se abateu sobre um garoto antes feliz e vigoroso . Ao aproximar-se de seu bairro, todos o olhava, por que sabiam o  que acontecia.Idiotas , pensava ele , por que não fazem alguma coisa? Chegou ao portão , as luzes estavam apagadas , um acontecimento atípico . Ao adentrar a residência de 6 cômodos , constatou que todos os velhos móveis haviam sido  retirados , tudo vazio. Foi até o quarto de sua mãe  e lá estava ela , olhando para o vazio da vegetação do lado de fora , chorosa. Ela era uma mulher linda, antes daquele período, um período que poderia ter sido chamado de vida , isso era o inferno . Parecia ter envelhecido dez  anos em três , , no entanto , ainda continuava esbelta , com fartos cabelos negros e os olhos de um azul profundo , Elisa era uma mulher encantadora , dócil , gentil , enfim , peculiar , apesar de tudo, mantinha  essas virtudes. Ele se aproximou e perguntou oque havia acontecido , temeroso pela resposta. Ela lhe disse que seu pai havia vendido tudo e partido com uma nova mulher . Algo explodiu dentro de Paulo , o alívio o inundou. Livre. Estava livre . Poderiam começar novamente . O sofrimento fizera Paulo amadurecer ele não correspondeu com as expectativas do sistema de se tornar violento assim como seu agressor . Herdara não apenas os olhos de sua mãe , mas também o coração e mesmo com a súbitas explosões de fúria e incredulidade , era uma boa pessoa e poderia recomeçar sua vida . Sua mãe já não esboçava a mesma felicidade e por um bom motivo . Como iriam recomeçar ? Ela tinha  cursado geologia , poderiam e iam  sobreviver. Para enfatizar isso ele disse:
-Através do entulho, vamos reconstruir as paredes. Isso pareceu  tirá-la  do devaneio  e reconfortá-la, poderiam vender a casa e alugar uma outra , Elisa conseguiria um emprego e Paulo voltaria a estudar . A vida voltara... E daí Paulo percebeu que perdera o último ônibus da estação e que chegaria atrasado e seria punido por isso. Sonhara acordado e queria tanto  que fosse verdade que deixou escapar uma lágrima tórrida. A vida não voltara. E ele  já se imaginava no futuro. Pedindo esmolas , morrendo de fome . Não muito diferente de sua  situação atual . Mas se lembrou da frase que disse , mesmo que sendo apenas um sonho : Através do entulho, vamos reconstruir as paredes . E era isso que ele faria . Suportaria a tudo . Concluiria o ensino médio , faria faculdade e se tornaria letrado. Não deixaria uma adversidade como esta lhe atrapalhar . Não conversaria com seu pai , ele sabia que o mero ato de se dirigir a ele era motivo de um sonoro tapa no rosto. Tentaria andar nas "rédeas" para evitar que sua mãe fosse espancada . E quando surgisse uma oportunidade fugiria do monstro. 
Atravessou a rua , afogado no turbilhão de emoções e não viu o caminhão de mudanças passava a toda velocidade . 
Sentiu uma dor na cabeça e só viu uma  pequena luz piscando ...Piscando ...E então...Se apagou
O sofrimento acabara , foi seu pensamento derradeiro .
POR JÚLIA VALVERDE
Olá pessoal ,
 decidi através deste blog transcrever minhas ideias , tenho uma pequena faísca que talvez venha a se tornar um incêndio com o auxílio  de vocês , então postarei dicas para a realização de contos, mini contos , redações narrativas e dissertativas e também deixarei alguns de meus textos para que vocês possam ajudar-me a aperfeiçoar minha escrita.